Missa

Santuário Nacional celebra Missa das crianças neste 12 de outubro

A Celebração Eucarística contou com a participação do Coral Infantil e da Orquestra do PEMSA, e o Padre Ferdinando Mancilio refletiu sobre o valor das crianças e a paz no mundo atual.

Escrito por Rhanna Felicio

12 OUT 2024 - 13H50 (Atualizada em 12 OUT 2024 - 15H05)

Neste dia 12 de outubro, o Santuário Nacional está em festa, celebrando a Mãe, Rainha e Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Junto a esta data especial, também comemoramos o Dia das Crianças, e a Casa da Mãe realizou, às 12h, a Celebração Eucarística dedicada aos pequenos.

A Santa Missa foi presidida pelo Missionário Redentorista e Prefeito de Igreja do Santuário Nacional, Padre Ferdinando Mancilio, C.Ss.R., e concelebrada pelos demais sacerdotes presentes. A celebração contou ainda com a participação da Orquestra e Coral Infantil do Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida (PEMSA), tornando o momento ainda mais especial.

O carro-andor que entronizou a Imagem de Nossa Senhora Aparecida teve a participação especial dos Devotos Mirins Beatriz e Bryan, representando todas as crianças. A imagem da Padroeira foi colocada em destaque no topo, cercada por flores e brinquedos, simbolizando a mensagem de que toda criança merece carinho, amor e o respeito aos seus direitos.

O carro-andor que trouxe a Palavra de Deus apresentou uma criança no topo, simbolizando Nossa Senhora revestida de sol e luz, destacando Maria como o sol que ilumina a Igreja, assim como é guia e proteção para todos nós.

Na homilia, Padre Ferdinando Mancilio fez uma reflexão profunda sobre o valor das crianças, a inocência e a paz que elas representam, contrapondo-as ao mundo “carrancudo” em que vivemos, cheio de conflitos e decisões injustas, especialmente feitas por adultos. Ele destaca a importância de reverenciar as crianças, pois elas são a verdadeira expressão da pureza de Deus, e que os adultos precisam aprender com elas, não exigir que as crianças se comportem como adultos.

“No mundo carrancudo que nós vivemos, vamos perdendo a ternura de Deus presentes nas crianças. Temos que prestar atenção, porque os adultos querem que as crianças sejam e se comportem como adultas. E o Evangelho nos ensina diferente: Jesus vem dizer que nós é que temos que ser como as crianças. E essa história de querer que a criança seja como adulto é uma pedagogia totalmente errada. O mundo está em guerra, os adultos decidiram pela guerra e decidir pela guerra é decidir a favor da morte, e tantas crianças estão morrendo por decisão dos adultos que só querem o poder”.

O Padre reforça que Jesus ensina que devemos nos tornar como crianças para entrar no Reino dos Céus, o que significa adotar a simplicidade, a pureza e a confiança que elas possuem. Ele critica a guerra, mostrando que são os adultos que decidem pela violência, resultando em tantas mortes, incluindo as de crianças inocentes. A homilia faz uma defesa clara da vida, condenando atitudes que favorecem a guerra e o uso de armas, associando-as a decisões contra o Evangelho e a vontade de Deus.

Nos tornemos como pede Jesus. Se não vos tornarmos como crianças, não entrarei nos reinos dos céus. Ai daquele que tocar na pupila dos meus olhos, diz o Profeta. Ai daquele que tocar no indefeso e ofendê-lo. Se não vos tornais como crianças, não entrareis no reino dos céus! Por isso, hoje, dentro da festa de Nossa Senhora Aparecida, vamos dar graças a Deus pela vida das crianças que estão aqui em torno do Altar Central e as que estão em casa nos assistindo pela Rede Aparecida de Comunicação”.

Ele ainda faz uma crítica social, lembrando um jornalista que, de forma profética, destacou a fome infantil em contraste com o recorde de colheitas, questionando por que, em um país com abundância, ainda existem crianças passando fome.

“O dia que um jornalista colocou no jornal uma foto de duas crianças rapando o fundo de uma panela e o título da reportagem era assim: 'Tal estado bate o recorde de colheitas de grãos', o jornalista colocou esse titulo e colocou duas crianças sentadas no chão rapando uma panela. E ele nos trouxe a seguinte reflexão: se bate o recorde, por que é que tem ainda irmãos passando fome? Por que ainda existem crianças morrendo de fome? Simplesmente porque desviam e roubam dinheiro, que reflete no alimento da criança”.  

O Padre concluiu a homilia afirmando que a verdadeira mudança no mundo começa quando plantamos a verdade de Cristo em nossos corações, e seguimos o caminho da vida, da solidariedade e da justiça, especialmente defendendo as crianças e respeitando sua dignidade.

“Meu irmão e minha irmã. O mundo tem jeito e dá para mudar as coisas, sim, senhor. Dá para mudar! Se eu tomar consciência da verdade de Cristo, se eu plantar essa consciência, essa verdade de Cristo no meu coração, quando eu mudar os meus sentimentos de acordo com o Evangelho e não de acordo com tantas inutilidades e ideologias que existem por aí, que apontam para tudo, menos para o caminho da vida da solidariedade e da justiça. Nesse dia de celebração à Nossa Senhora e Dia das Crianças, é dia de dizer que é a favor da vida, de acreditar nas crianças, de acreditar na paz, pois quem quiser entrar no reino de Deus preste atenção nas crianças”.

Ao final dessa celebração, fica a mensagem clara de que é preciso valorizar as crianças, enxergando nelas a pureza e a simplicidade que nos aproximam de Deus. O dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças nos convidam a refletir sobre o cuidado com os pequenos, a promoção da paz e a defesa da vida. Que possamos, inspirados pelo exemplo de Maria, tornar o mundo mais justo, fraterno e cheio de ternura!

Confira galeria de fotos:

Confira na íntegra a Missa dedicada às Crianças! 

:: Acesse a12.com/padroeira e reveja a cobertura completa da Novena e Festa deste ano.

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Por Rhanna Felicio, em Missa

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