Missa do Crisma: “Ungidos para servir o povo de Deus”

A quinta-feira Santa, primeiro dia do Tríduo Pascal tem como uma de suas principais celebrações a Missa do Crisma, com a bênção dos Santos Óleos dos Enfermos, dos Catecúmenos e a Consagração do Crisma. Nesta celebração também acontece a renovação das promessas sacerdotais.

No Santuário de Aparecida, a celebração desta quinta (01), às 9h no Altar Central, foi presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes e concelebrada por alguns padres da Arquidiocese de Aparecida e da Congregação Redentorista.

Em sua homilia, Dom Orlando refletiu sobre a unção, comentando cada um dos óleos santos, ressaltou a beleza do sacramento da ordem, recordando a oração de Jesus e do Papa pelos padres e ainda, destacou alguns exemplos de São José para a missão dos sacerdotes.

Confira alguns trechos da homilia da Missa do Crisma:

Os Óleos Santos

“Que alegria para todos nós abençoar hoje o óleo do batismo, nossa maior condecoração. O batismo que faz o povo sacerdotal ser uma grande hóstia viva de Jesus Cristo, perante todas as nações.”

“Que alegria abençoarmos o óleo do crisma e o Espírito Santo guiar a cada dia, os nossos passos.”

"Com quanto carinho, com quanta maternidade Deus Pai com coração de mãe, se mostra hoje médico, enfermeiro, bom samaritano, derramando sobre nós a bênção do óleo dos enfermos. Possa também toda celebração da quinta-feira santa ser um conforto para todos os doentes dos hospitais, em casa, porque este sacramento é para a nossa vida, para a nossa saúde, para a nossa recuperação."

Oração de Jesus pelos padres

“Como hoje, diante da nossa unção dos ungidos do senhor não nos lembrarmos da despedida de Jesus”, disse dom Orlando, indicando uma oração da despedida de Jesus:

"Pai guarde os meus padres,

Pai nele eu sou glorificado

Pai preserva-os do mal

Pai que todos sejam um."

Recordação do agradecimento do Papa Francisco, rezado no dia 4 de agosto de 2020, dia de São João Maria Vianney.

"Obrigado, padre, pela tua fidelidade: se não foi tão fiel o que é muito normal, recomece. Recomeçar sempre;

Obrigado, padre, pela tua alegria: a alegria de ser padre atrai vocações;

Obrigado pela tua amizade presbiteral: é um pouco difícil, mas que temos belíssimas experiências temos;

Obrigado, padre, pela tua caridade pastoral: cada dia da nossa missão é reconhecido nos céus, mas também é reconhecido no Vaticano e no coração do Papa;

Obrigado, padre, pela celebração diária da eucaristia;

Obrigado, padre, por atender a confissão do povo pecador, e a igreja vai ser mais santa;

Obrigado, padre, por você ser próximo do pobre, sem excluir ninguém;

Obrigado, padre, porque você está em uma luta buscando a sua santificação."

Ligação de São José com os padres

“São José cuidava dos interesses de Jesus, o zelo pelas coisas de Deus e não é esse o nosso ministério? Um zelo por Jesus Cristo e pelas coisas de Deus, pelos maiores tesouros que Deus nos deixou.

São José cuidador, com coração de pai da igreja e você padre, é pai do seu povo, seu celibato não faz de nós solteirões frustrados não, nós somos fecundo como São José, sendo pais de um povo. Acolha teu povo como tua família que foi a ti confiada, quanta confiança de Deus em nós.

São José foi o primeiro celibatário do novo testamento, com Nossa Senhora, foi o primeiro adorador. Que ele nos ajuda na nossa fidelidade ao nosso celibato.

E por fim, São José e o silêncio. Que a gente possa ter momentos de silêncio, de meditação, de vida interior, de contemplação para mais uma vez ouvirmos: ‘tu és o meu ungido, tu és o meu escolhido, tu és o meu amado, em ti padre eu coloco toda a minha afeição'."