Na noite desta sexta-feira (11), foi realizado o encerramento da Novena Solene, que antecede as festividades da Padroeira do Brasil, celebradas em 12 de outubro. Este último dia da novena preparou o coração dos fiéis para a grande celebração de Nossa Senhora Aparecida, nossa Mãe e Padroeira.
O tema refletido neste nono dia foi: "Mãe Aparecida, enviai-nos como Família dos Devotos, peregrinos da esperança!" Uma mensagem de fé e envio, inspirando os devotos e devotas a viverem como missionários, sustentados pela esperança e pelo compromisso com o Reino de Deus.
A celebração foi presidida por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida, que iniciou sua saudação acolhendo calorosamente os fiéis presentes na Casa da Mãe e aqueles que acompanhavam de suas casas pela Rede Aparecida de Comunicação. Dom Orlando também lembrou que, neste dia, a Igreja celebra a memória de São João XXIII, reforçando a importância de sua contribuição ao diálogo e à paz.
O carro-andor com a acolhida da Imagem da Mãe Aparecida trouxe a Fachada Sul do Santuário Nacional, com Nossa Senhora cercada de flores, simbolizando o carinho e a proteção de Maria. A cena transmitiu a Mãe Aparecida como protetora dos "Peregrinos da esperança", representados pelos membros da Família dos Devotos que, com sua generosidade, tornam possível a realização das obras do Reino de Deus, ajudando o Santuário a continuar sendo um lugar de acolhida, fé e transformação.
Dom Orlando Brandes destacou a importância da sinodalidade como um remédio para superar divisões e ideologias. Ele mencionou a necessidade de Nossa Senhora interceder pelos peregrinos que chegam ao Santuário, acolhendo-os como uma família unida pela fé e esperança.
“Vamos rezar pelo sínodo de Roma. Sinodalidade é remédio para superação das oposições e discórdias de ideologias. Nossa Senhora Aparecida, contemplai o rosto de cada peregrino que aqui chegou ou ainda está a caminho neste dia. Cativados por vossa Imagem, nos erguemos ao vosso coração, como peregrinos da esperança em cada prece.”
O Arcebispo falou também sobre o papel de Maria no Reino de Deus, ressaltando que Ela, em seu Magnificat, exalta Deus e denuncia as falhas que ferem o Reino, como o orgulho, o mau uso das riquezas e do poder.
“Maria, no Magnificat eleva a Deus, mas logo pensa também na necessidade do reino. Os famintos serão saciados, os humildes serão exaltados, e nossa Mãezinha teve tanta coragem de falar do anti-reino no seu Magnificat. E qual é o anti-reino? O orgulho, vaidade e a soberba. Isso estraga o reino, isso é uma ferida do reino, o mau uso do dinheiro, o mau uso das riquezas. Esta é uma das maiores feridas do anti-reino, e também o mau uso do poder.”
A homilia também abordou a espiritualidade e a generosidade da Família dos Devotos, que com suas doações mantém o Santuário e permite a continuidade das missões e obras sociais. Dom Orlando agradeceu profundamente essas doações, comparando-as com os gestos de partilha da primeira comunidade cristã e ressaltando o valor da caridade e da fé viva em ação.
“A espiritualidade desse povo nos lembra a primeira comunidade primitiva onde eles dividiam os bens. Vocês, queridos e queridas, estão vivendo aquela espiritualidade da Igreja primitiva, de dividir os bens. E a Doutrina Social da Igreja diz que é preciso ter a distribuição universal dos bens. O próprio Criador nos ensina a distribuir os bens, e a Família dos Devotos, talvez sem saber, está vivendo essa espiritualidade bíblica”.
Dom Orlando, lembrou que essa generosidade e solidariedade fazem parte do Reino de Deus, destacando que a missão é sustentada por aqueles que doam com alegria. O Arcebispo concluiu agradecendo emocionadamente à Família dos Devotos por sua contribuição e comprometimento com o Santuário e o Reino de Deus.
“Mãe querida, quero agradecer à Família dos Devotos, essa família que te ama e nos ajuda, porque é o amor a ti Mãe, que é a razão dessa família. O amor deste povo por ti explica tudo, porque a missão se faz com os pés de quem parte, com os joelhos que se dobram e com as mãos colocadas para ajudar as missões.”
O Padre Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R., que é o Superior Provincial da Província Redentorista Nossa Senhora Aparecida, agradeceu aos Missionários Redentoristas que se entregam contribuindo com o seu melhor para a obra evangelizadora da Casa da Mãe.
“Na noite de ontem tivemos a oportunidade de agradecer ao Missionários Redentoristas, que ao longo destes 130 anos, gastam suas vidas e suas energias neste Santuário, dedicado à Nossa Senhora Aparecida. Então eu quero agradecer os Missionários da primeira hora e os de agora, Padres e Irmãos, que se dedicam e se entregam de corpo e alma a esse trabalho evangelizador. E certamente, os nossos pioneiros, os bávaros redentoristas, estão muito contentes com aquilo que nos conseguimos fazer em continuidade das sementes lançadas por eles”.
Veja a reflexão completa de Dom Orlando Brandes no nono e último dia da Novena da Padroeira do Brasil!
8º dia: Novena Solene celebra 130 anos da presença redentorista em Aparecida (SP)
A Novena em Preparação para a Festa da Padroeira está em seu oitavo dia, faltando pouco para as festividades do 12 de outubro para a Rainha e Padroeira do Brasil.
Nesta quinta-feira (10), o tema refletido pelos devotos e devotas de Nossa Senhora foi “Mãe Aparecida, somos peregrinos-missionários da Copiosa Redenção!”, porque é abundante a salvação que Cristo veio nos trazer. Somos convidados a viver como salvos, pois o Cristo já nos salvou.
Quem presidiu a celebração foi Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ, arcebispo emérito de São Salvador (BA). Em entrevista ao A12, contou seu desejo de despertar o desejo de ser missionário.
“Eu tenho certeza de que essa festa de Nossa Senhora Aparecida fará que desperte no coração de muitos esse desejo de ser missionário e simplesmente viver aquilo que Jesus ensinou. Assim, que faça a possibilidade de que outros tenham a graça e o privilégio de também conhecer Jesus, sentirem-se chamados por Ele e viver segundo Ele ensinou”.
A Novena Solene também relembra os 130 anos da presença dos Missionários Redentoristas em Aparecida (SP), com a missão de cuidar do Santuário Nacional. Os carros-andores trouxeram o carisma redentorista.
A entrada de Nossa Senhora relembrou a chegada dos primeiros missionários redentoristas no Brasil, vindos da Alemanha em 28 de outubro de 1894, de trem maria-fumaça:
A palavra foi entronizada com um redentorista representando Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, cuidando de um doente, em que recorda que “onde há a Copiosa Redenção, há vida em abundância”.
Em sua reflexão de fé e esperança no Altar Central do Santuário Nacional, Dom Murilo se disse ousado em não se dirigir à Mãe Aparecida em seu próprio nome, mas por todos os devotos.
“Essa minha ousadia nasce de uma certeza: filho é filho, não importa a idade, a classe social, o lugar onde vive ou a missão que exerce na Igreja de seu Filho. Sou bispo, mas diante de ti sou filho, como aquele teu filho que está lá, no fundo desse Santuário, como aquela tua filha no interior da Amazônia, no nordeste do Brasil, de Santa Catarina, no Mato Grosso e tantos e tantos lugares”.
Emocionado, reforçou quanto os devotos e devotas amam Nossa Senhora Aparecida: “Todos olham para ti como Mãe, uma mãe querida e mãe muito especial. E o que eu quero te dizer em nome de todos? Em primeiro lugar, Mãe Aparecida, quero te dizer simplesmente isso: nós te amamos. Como é bom poder te chamar de Mãe usando o privilégio que só Jesus tinha, porque era filho!”
O arcebispo emérito de São Salvador da Bahia falou da importância de Maria na vida de fé de Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação Redentorista, que buscou difundir a palavra de Deus a todos.
“Amparado por ti, Mãe, esse santo teve a ousadia de deixar tudo para anunciar a todos que Deus é rico em misericórdia e não quer que nenhum filho ou filha dele se perca. Consciente de que seu anúncio precisa se multiplicar para atingir mais pessoas, fundou uma congregação, uma família religiosa cujo nome é um programa: redentoristas, isto é, divulgadores da Copiosa Redenção de Cristo”.
E sobre os 130 anos em que os missionários redentoristas cuidam do Santuário da Mãe Aparecida, afirmou que os cuidados se dirigiram aos filhos e filhas que se sentem atraídos por Ela: “Seus filhos e filhas vêm a esse Santuário como peregrinos da esperança e aqui são acolhidos, são renovados. Com o coração renovado, voltam para a sua casa, para a sua paróquia como novos missionários, anunciando a todos as maravilhas que Deus aqui opera”.
Por fim, afirmou à Mãe Aparecida que, como filhos e filhas que somos, não sabemos nos aproximar Dela sem fazer algum pedido, “aquele que qualquer filho se sente a vontade de fazer a sua mãe, e sabe que ela pode atender e vai atender.”
E fez três pedidos: "Cuida do Papa Francisco e dos bispos, intercede pelas famílias e acompanhe com carinho materno os religiosos e religiosas, especialmente os sacerdotes. Que o teu manto de amor cubra o nosso país, tão necessitado de perdão, de reconciliação e de paz”.
Veja a reflexão completa deste oitavo dia da Novena da Padroeira do Brasil
Festival da Padroeira
Logo em seguida, o Festival da Padroeira teve sua segunda noite com a presença de Daniel e convidados que cantaram a Maria: Frank Aguiar, Mauricio Manieri e filho, Kell Smith, Padre Antônio Maria, Lara Camillo e José Camillo - filha e pai do Daniel - com a participação da Orquestra PEMSA na Tribuna Dom Aloísio Lorscheider. Os devotos puderam acompanhar pela TV Aparecida e no YouTube do Santuário Nacional.
7º dia: Novena Solene recorda a natureza como obra das mãos de Deus
Mais uma noite de fé e devoção na Novena em Preparação para a Festa da Padroeira que está cada vez mais próxima.
Nesta quarta-feira (9), no Altar Central do Santuário Nacional, rezamos a sétima noite, presidida por Dom Zenildo Lima da Silva, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus (AM).
A partir do tema: “Mãe Aparecida, somos peregrinos-cuidadores da natureza!” os devotos e devotas de Nossa Senhora tiveram a oportunidade de refletir o papel de todos, como verdadeiros cristãos, de cuidar e de honrar a natureza, obra das mãos de Deus.
O carro-andor de Nossa Senhora Aparecida teve exatamente essa proposta de conscientização do papel da humanidade na preservação do meio ambiente, da crise climática e recordou as fortes chuvas que causaram provação ao povo do Estado do Rio Grande do Sul.
Dom Zenildo, em entrevista ao A12, explicou como a preservação da natureza está atrelada à nossa responsabilidade como cristãos e cuidadores da obra de Deus.
“Por causa da nossa fé no Deus da criação nós compreendemos que toda criação anseia por uma plenitude. Isso faz com que cada homem, cada mulher, cada batizado, cada discípulo missionário, cada seguidor de Jesus, seja comprometido com a plenitude da vida da criação, com o cuidado da Casa Comum. A partir da inspiração do Papa Francisco na Laudato Si’, nós compreendemos que também nós fazemos parte dessa realidade e todo o cuidado com a criação é um cuidado conosco mesmo.”
Em sua mensagem de esperança, o arcebispo disse que se reconhece como peregrino. “Também eu me descubro como peregrino da esperança... como vocês me sinto romeiro, me sinto peregrino, me sinto acolhido nas mãos da Mãe Aparecida.”
Dom Zenildo afirmou que uma consolação que a Novena oferece é a de não deixar de caminhar, mas permanecer peregrino.
“Permaneçamos peregrinos da esperança, a caminhada é uma experiência que vai nos oportunizando descobertas e uma caminhada, como essa que nós estamos fazendo, vai nos permitindo que essas descobertas sejam uma descoberta do outro. Numa caminhada como essa, de uma Novena, ninguém está sozinho”.
Acerca do cuidado da natureza, o arcebispo destacou:
“Nesta noite nós nos comprometemos que toda a Casa Comum é o espaço, o horizonte, é o ambiente da realização da nossa fé. Não se trata só de uma tarefa socioambiental, de um comprometimento ético, se trata do ambiente onde a fé da gente se realiza, afinal, nós acreditamos em Deus Pai Todo Poderoso que criou o céu e a Terra".
Veja a reflexão completa deste sétimo dia da Novena da Padroeira do Brasil
6º dia: Novena Solene nos convida a sermos portadores da justiça e da paz
Devotos de todo o Brasil continuam firmes em oração na Capital Mariana da Fé, neste sexto dia da Novena em preparação à grande Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. Aqui na Casa da Mãe e pela Rede Aparecida de Comunicação refletimos o tema "Mãe Aparecida, fazei-nos peregrinos-portadores da Justiça e da Paz!" No A12 você confere com detalhes o que a Novena nos ensina sobre este importante tema.
O presidente da celebração da Novena Solene desta terça-feira (8) foi Dom Eugênio Barbosa Martins, SSS, Bispo de São João Da Boa Vista (SP), que em entrevista ao Portal A12 falou que a partir da fé em Jesus e pela intercessão de Nossa Senhora, devemos caminhar na estrada da vida buscando sempre a paz e a justiça em nossas atitudes.
"Para nós que estamos aqui celebrando este sexto dia da novena de Nossa Senhora Aparecida, nosso jeito de viver a paz e é fruto da justiça é nos espelharmos em Maria que, especialmente no nosso continente latino-americano, nos presenteou com uma manifestação dos povos indígenas, como hoje aqui em Aparecida, com Dom Orlando Brandes, inaugurando e abençoando a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe e também a Mãe Aparecida em uma realidade vinda da situação dos povos africanos que foram aqui escravizados. Maria então nos aponta em caminho da verdade, em caminho da justiça, em caminho da igualdade entre todas as pessoas. Se queremos viver em tal uma justiça para termos a paz, precisamos seguir o exemplo de Maria como a verdadeira discípula de Jesus".
O carro andor com a imagem da Mãe Aparecida retratou bem o tema desta noite, de irmãos e irmãs que sofrem perseguições, refugiados, vítimas da violência e da miséria pedindo a intercessão da Senhora e Rainha da Paz para o mundo, para que todos nós sejamos propagadores dessa paz e da busca incessante por justiça em nossa sociedade.
Durante a Novena Solene, Dom Eugênio ressalta que fortes na fé e alegres na esperança, nós peregrinos, veremos um dia a justiça e a paz reinarem jubilosas entre nós.
"Como peregrinos, vamos aprendendo o que seja a vivência da justiça que brota do Evangelho. Este tema nos aponta diretamente para a figura de Maria que como sabemos e lembramos que seu Cântico, nos relembra o que é a justiça: que derruba os poderosos e que eleva os humildes, porque Deus não quer divisão entre as pessoas, mas quer a igualdade. Uma justiça que leve em conta a dignidade do ser humano criado à Sua imagem e semelhança".
O bispo também explica que para mostrar o verdadeiro caminho da justiça, Maria se manifesta aos povos originários, que sabem cuidar da floresta, cuidar da vida, dos animais e das experiências de comunhão.
"A Senhora de Guadalupe é uma profecia importante para nós todos da América Latina, que fomos eliminando, dizimando os povos. Mas é também para nós, a Mãe que se manifesta em um Brasil que por ganância, escravizou os africanos, povos que têm o seu sonho, sua forma de rezar, a sua maneira extraordinária de celebrar o Deus da vida numa festa aqui, foram perdendo dignidade e vida. Maria nos ajuda a compreender o que é a justiça de Deus, então enfrentamos essas realidades, quando somos capazes de dar nomes e na possibilidade de nomear aí sim, encontramos o caminho da verdadeira justiça".
Dom Eugênio termina a reflexão dizendo que este caminho orante que estamos percorrendo na Novena deste ano é uma grande catequese para vivermos mais intensamente o Jubileu da Igreja.
"Recordamos 2025 anos da encarnação de Jesus! Deus que na sua infinita misericórdia se oferece a nós, assumindo nossa condição humana para mostrar o que é viver na condição de filhos e filhas muito amados! Essa preparação para o Jubileu nos aponta, nos ajuda a não termos aquelas atitudes que no Evangelho encontramos, de quem fica escandalizado com a encarnação de Cristo, que não fica jamais surpreso, porque Jesus é o filho de Maria e de José presente na comunidade, que nos aponta um caminho de vida e verdade! E que possamos celebrar bem com expressões da vida, para que sejamos luz para essa construção de um povo que sabe ser peregrino, portadores de justiça e de paz".
O bispo foi um dos fundadores da Família dos Devotos, em julho de 1999. A obra de evangelização do Santuário Nacional tem a bonita missão de cuidar da Casa da Mãe Aparecida, mantendo esse "pedacinho do céu" sempre pronto para acolher os devotos da Rainha e Padroeira do Brasil.
Veja a reflexão completa deste sexto dia da Novena da Padroeira do Brasil
Nesta segunda-feira (7), os devotos que presentes no Santuário Nacional e também os que acompanham a quinta noite da Novena da Padroeira pela Rede Aparecida de Comunicação foram convidados a refletir o tema “Mãe Aparecida, fazei-nos peregrinos da reconciliação e do perdão!”.
A Novena Solene foi presidida por Dom Cleocir Bonetti, bispo de Caçador (SC), que neste 5º dia de Novena nos convida a refletir sobre a importância do perdão, buscando a misericórdia de Deus, sem nos esquecermos que, além de buscar o perdão do Pai, é preciso saber perdoar nossos irmãos.
O carro-andor que trouxe a imagem de Nossa Senhora Aparecida, entrou acompanhado de padres com terço e o livro Ritual da Penitência nas mãos, representando o perdão e a confissão que todo o cristão deve buscar diariamente. Já a entronização da Palavra, nos faz refletir sobre a busca da misericórdia de Deus através do arrependimento e do perdão.
Dom Cleocir Bonetti iniciou sua reflexão falando sobre a hospitalidade, o carinho, a fé e o amor que os peregrinos encontram ao chegar à Casa da Mãe Aparecida.
“Maria nos acolhe com toda certeza, porque Ela também é mãe peregrina e ela acolhe seus filhos e filhas nesse espaço que é um oásis mariano. Nesse Santuário com formato de Cruz, nesta grande árvore, construída tijolo por tijolo, que quer ser e representar esta grande árvore que acolhe os peregrinos, cansados, oprimidos, quebrados e necessitados. Esta grande árvore, este grande carvalho de mambré, que nos ajuda a entender e compreender o que é a hospitalidade”.
O tema desta noite nos convida a refletir sobre a reconciliação e sobre o perdão; e o bispo nos lembrou sobre os sinais de Jubileu: “A peregrinação, a caridade, a Porta Santa, a indulgência, o perdão, a misericórdia”, que nos ajudam a refletir sobre este tema.
“Papa Francisco diz: Deus nunca se cansa de perdoar, é nós que cansamos de pedir perdão. Aqui é este oásis onde encontramos uma Mãe de braços abertos e seu filho com seu imenso amor sempre pronto para nos arrancar das nossas misérias, dos nossos pecados e nos fazer andar como peregrinos da esperança”.
O bispo de Caçador, falou ainda sobre a imagem de Nossa Senhora Aparecida e como ela nos mostra que Virgem Maria nos entende, nos perdoa e nos conduz ao seu Filho.
“A Mãe Aparecida, foi encontrada quebrada no Rio Paraíba. A Nossa Mãe entende quando a gente está quebrado, entende quando a gente está aos cacos, entende quando nós estamos desintegrados por causa do mal, do pecado, das injustiças, de tudo isso. Ela nos entende, Ela nos compreende e sempre nos aponta o seu filho Jesus, Aquele que nos reintegra, Aquele que nos coloca novamente na nossa integridade fundamental de filhos e filhas de Deus”.
Deus vem ao nosso encontro, mas é preciso querer se encontrar com Ele também. Temos que entender que é preciso humildade, misericórdia, perdão, caridade e fé para continuarmos nossa missão de peregrinos.
“Aqui na casa da Mãe nós queremos lembrar da necessidade de buscarmos o perdão, o perdão que nos regenera, que nos revigora, que nos coloca no prumo, em equilíbrio, para continuarmos firmes a nossa peregrinação, seguindo de uma forma confiante no Jesus, o Salvador, o misericordioso”.
O bispo reforçou ainda que é preciso que cada cristão se reconheça frágil, pecador, limitado, para que também ofereça o perdão aqueles que o magoaram, pois “o perdão faz o bem”. E finalizou sua reflexão pedindo o auxílio de Nossa Senhora neste caminho de perdão e reconciliação.
“Que Maria Mãe Aparecida nos ajude a deixarmos sinais de reconciliação, de bondade, de concórdia, de diálogo, de entendimento, porque repito: nós somos peregrinos da esperança”.
Neste domingo (6), no Altar Central do Santuário Nacional, somos convidados a refletir a quarta noite de Novena e Festa da Padroeira 2024.
Com o tema "Mãe Aparecida, na caridade está nossa esperança", aprendemos com Jesus que fazer a prática do bem é encontrar a esperança no irmão mais necessitado. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a caridade é a via mestra do caminho de fé que define a essência da vida cristã: o bem que promovemos não morre, nos faz cuidar das realidades feridas, promover a solidariedade, a amizade social e a paz.
Dom José Eudes Campos do Nascimento, Bispo de São João del-Rei (MG) presidiu este momento que reúne os peregrinos da esperança, em preparação para o dia 12 de outubro.
O carro-andor de Nossa Senhora Aparecida relembra o jubileu de 120 anos de sua coroação, celebrados em 8 de setembro de 1904, sendo coroada por crianças no Altar Central do Santuário Nacional.
A entronização da Palavra trouxe o sentido, em seu carro-andor, da urgência de que acolher um irmão, e socorrê-lo, é a Jesus que estais fazendo.
Durante sua pregação, o bispo de São João del-Rei destacou o tema do Ano Jubilar em consonância com o tema da novena deste ano, que nos prepara para peregrinar com a presença amorosa de Maria:
“Vindos a este Santuário, estamos iniciando o nosso caminho de peregrinos da esperança. Como bispo, também venho como peregrino da esperança, como romeiro da Mãe Aparecida. Queremos chegar ao Jubileu com a consciência plena de que somos impulsionados pela esperança que nos leva a Deus, nada melhor do que caminhar com Maria, a Mãe Aparecida, a quem elevamos nesses dias um filial pedido: acolhei-nos como peregrinos da esperança” .
Diante do exemplo da vida de Maria, sempre operante trabalhadora e cheia de vigor para amar, Dom José Eudes pede para nos encontrarmos com a Mãe Aparecida e aprender que na caridade está a nossa esperança:
“A esperança sem a caridade nos transforma em meros espectadores da vida, passivos diante dos acontecimentos do mundo. Nossa Senhora nos ensina a esperar com bases no amor e na caridade.”
Como exemplos de caridade, Dom José Eudes citou as obras e projetos sociais assistidos pelo Santuário Nacional em que a caridade e a generosidade dos que fazem parte da Família dos Devotos transformam vidas dos moradores de Aparecida e região.
“É a esperança transformada em caridade! Tudo isso graças a generosidade dos inúmeros devotos de Nossa Senhora espalhados por todo o Brasil que contribuem para que a Casa da Mãe seja casa de fraternidade. Deus seja louvado por cada um que colabora! Desse modo, Nossa Senhora nos aponta os ensinamentos de Jesus e nos inspira a atitudes de esperança e de caridade”.
Por fim, recordou que os brasileiros foram exercer a democracia diante das eleições municipais e fez um apelo:
“Que esses que foram eleitos possam realmente olhar com caridade, com compaixão para os mais necessitados e não olhar apenas para um grupo que precisa, mas sim saber que agora governam todo o município. Que Maria, a Senhora Aparecida seja chamado constante na vida daqueles que foram eleitos”.
Veja a reflexão completa de Dom José Eudes no quarto dia da Novena da Padroeira do Brasil
3º Dia: À luz da fé em Maria, Novena Solene renova a fé da Igreja em Jesus
Neste sábado (5) celebramos o terceiro dia da Novena Solene em preparação para a Festa da Padroeira 2024.
O momento de fé e devoção foi presidido por Dom Paulo Renato Fernandes Gonçalves Campos, Bispo de Barra do Garças (MT), que refletiu o tema proposto para esta noite: "Mãe Aparecida, fazei-nos fiéis à fé em Jesus Cristo!".
Todo povo de Deus reunido, em torno do Altar Central do Santuário Nacional, pode aprofundar-se acerca da importância da fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus e Verbo Encarnado, que nos ensinou o caminho do Evangelho.
O carro-andor da entrada de Nossa Senhora representou por meio de velas que à luz da fé em Maria, caminhamos para Seu Filho, Jesus.
Dom Paulo Renato, em entrevista ao A12, ensinou como podemos viver a fé em Cristo de maneira mais profunda e autêntica, a exemplo de Maria.
“O essencial é a fé em Cristo, isso significa que a gente precisa ter um foco muito grande, também entender o que nós estamos olhando. Por isso, a fé em Cristo, ela é um ato subjetivo, é o nosso ato de fé, mas ela é um ato de fé objetivo, em Jesus Cristo, na sua Igreja. Por isso, viver esse ato de fé, a exemplo de Maria, é dizer sim e estar ao pé da cruz.”
Durante a sua pregação, o Bispo destacou que a fé é a razão da nossa esperança:
“Entendo que nesta noite é muito importante que todos nós compreendamos essa virtude teologal, compreendamos o valor dessa palavra em nossa vida. Não existe Igreja, não existe religião, não existe Santuário, não existe devoção sem fé. Por isso, é importante que reconheçamos em nossa vida o que isso significa. A fé que nós trazemos e temos, ela é fruto de dois momentos ensina a Igreja. É fruto primeiro de uma adesão pessoal, algo que eu faço diante da fé daquilo que me é proposto e o que me é proposto é o segundo passo: os conteúdos da fé.”
Dom Paulo Renato falou também da adesão pessoal a fé a partir do encontro verdadeiro coma a Pessoa de Jesus Cristo.
“É deste encontro que brota esse sentimento de mudança, de algo novo na nossa vida[...] A fé em Jesus Cristo fala ao nosso coração, muda a nossa vida e nos faz coerentes com preceitos que a Tradição da Igreja cunhou e que às vezes custam tanto para ser vividos por nós na coerência dessa fé que nós vivemos.”
Veja a reflexão completa de Dom Paulo Renato no terceiro dia da Novena da Padroeira do Brasil
Festival da Padroeira
Como parte da programação da Novena e Festa, o Festival da Padroeira, às 20h45, contou com a apresentação da Orquestra PEMSA e seu repertório de músicas que recordaram trilhas sonoras de alguns filmes, como o Rei Leão e O Príncipe do Egito; e a participação especial do tenor lírico Thiago Arancam, na Tribuna Bento XVI.
2º Dia: Novena Solene apresenta Nossa Senhora como porta materna até Jesus
Nesta sexta-feira (4) unidos como Igreja, rezamos o segundo dia da Novena Solene em preparação para a Festa da Padroeira 2024, no Altar Central do Santuário Nacional.
A celebração foi presidida por Dom Esmeraldo Barreto de Farias, Bispo emérito de Araçuaí (MG), que refletiu o tema proposto: “Mãe Aparecida, conduzi-nos até à Porta Santa, que é Jesus!”
Os devotos e devotas de Nossa Senhora puderam aprender acerca da importância de Maria como a porta materna que nos leva até Cristo, representado pela Porta Santa.
Nossa Senhora é Aquela que nos ensina, com o seu auxílio, a buscar a verdade eterna de Cristo, a viver a plena paz interior e exterior, pois compreendeu desde o dia da anunciação que o próprio Deus a havia escolhido como Mãe do Salvador.
Na tradicional entrada da imagem da Mãe Aparecida, o carro-andor inseriu cada pessoa presente no simbolismo da Porta Santa e de Maria que vai à frente indicando a passagem para quem deseja seguir Jesus, encontrando Nele a Redenção.
Dom Esmeraldo, em entrevista ao A12, explicou de que maneira podemos passar pela "Porta Santa", que é Jesus, e contar nesse sentido com o exemplo de Nossa Senhora.
“Precisamos primeiro escutar a Palavra, tomar consciência disso, participar da vida da comunidade... É com a comunidade que assim nós seguimos Jesus e temos esse exemplo tão bonito de Maria, a Mãe Aparecida, Ela que aqui nesta região apareceu, não para um só, mas aqueles três pescadores, e aquela comunidade de fé foi surgindo. Que hoje nós possamos, nas nossas comunidades, das cidades, das periferias e da área rural, ter a certeza que Jesus Cristo é esta Porta.”
Já na reflexão durante a novena, o Bispo afirmou sobre o tema do segundo dia:
"Porta Santa para lembrar o Jubileu que celebraremos em 2025 e não podemos fazer desse Jubileu sem falar de outro grande Jubileu que foi aquele dos anos 2000 quando celebramos pelo Brasil e pelo mundo inteiro os dois mil anos da encarnação do Filho Amado de Deus, que veio ao mundo não para condenar, mas para que o mundo seja salvo por Ele...
Quero me lembrar agora de um exemplo muito bonito que conheci, de quem, pelo amor e a devoção a Nossa Senhora, conseguiu ser um grande exemplo de testemunho da esperança. Chama-se dona Maria Pauliria Barreto Pereira, de Santarém (PA), lá ela viveu e contribui muito para formar comunidades e durante 20 anos ela pode servir a Arquidiocese de Santarém, como animadora das catequeses e dos catequistas nas áreas ribeirinhas... ali, Pauliria ia de comunidade em comunidade e conversando com ela antes de sua partida, ela dizia: ‘o senhor não imagina o sacrifício que era, mas também a alegria que estava no meu coração’. Para ela Jesus Cristo é aquele que veio para que todos tenham vida, Jesus Cristo é a Porta e para a sua vida era esse o caminho.
Assim como dona Pauliria você também pode se perguntar: 'e eu no lugar onde eu moro, na comunidade da qual eu participo, como estou me abrindo a esta graça para que eu também seja uma Porta?'. Essa pergunta é importante porque Jesus, a Porta, Ele toca a porta do Nosso coração, toca especialment
Santuário Nacional recebe a 20ª Romaria da Arquidiocese de Goiânia (GO)
Neste fim de semana, o Santuário Nacional acolheu os romeiros da Arquidiocese de Goiânia, na Santa Missa às 9h.
Santa Missa recorda a memória da Apresentação de Nossa Senhora
Pe. Célio Lopes celebrou a Memória da Apresentação de Nossa Senhora no Santuário Nacional, destacando a importância da participação ativa na fé e na comunidade.
Santuário Nacional celebra o dia da Consciência Negra
Celebração Eucarística na Casa da Mãe Aparecida reforça inclusão e valor dos afrodescendentes no Dia da Consciência Negra, com mensagem de amor e fraternidade.
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