Na Bíblia, o nome define a pessoa pela sua missão, por aquilo que ela faz. Assim, esse nome “Eu sou Aquele que sou” revela um Deus que é, que existe porque Ele age, faz: “Nosso Deus está nos céus, tudo o que ele quer, realiza” (Sl 115,3).
É sobretudo o Deus da Aliança com Abraão, Isaac e Israel ou Jacó. A estes jurou por Ele mesmo multiplicar a descendência “como as estrelas do céu”, e dar a terra prometida “como posse para sempre” (Ex 32,13). Jurou por Ele mesmo: pôs a Si mesmo como garantia do que prometia.
Em Gn 15, entre três animais partidos ao meio e cujas partes estavam uma em frente da outra, havendo então sangue no meio, aí nesse meio Ele passou como “um braseiro fumegante” ou “uma tocha acesa”. Que maravilha:
Deus-fogo passou, sujou os pés no sangue dos animais, que representava Seu divino sangue! Faz Aliança, ao preço de Seu sangue, de Sua própria vida. Se Ele quebrar a Aliança, o compromisso de dar descendência e terra a Abraão, este e sua descendência – que somos nós hoje – teríamos direito à vida do próprio Deus!
É maravilha que São Paulo nos garante: “Esta é uma palavra que merece fé..., se somos infiéis (a Ele), Ele permanece fiel, pois não pode negar-Se a Si mesmo” (2Tm 2,11a.13). Se uma única vez Deus não amar gratuita e incondicionalmente a um humano, seja ele o pior que exista, não lhe perdoar as infidelidades, Ele estaria negando-Se a Si mesmo, deixando de ser Deus! Ele jamais esquece Sua Aliança (Ex 2,24).
É o Deus atento ao sofrimento do Seu parceiro. “Eu vi, eu vi a miséria de meu povo no Egito e ouvi o clamor que lhe arrancam seus opressores; sim, conheço suas aflições. Desci para libertá-lo das mãos dos egípcios e levá-lo daquela terra para uma terra boa e espaçosa, terra onde corre leite e mel” (3,7-8a), “com grande poder e mão forte” (32,11).
Assume como Sua a causa do órfão, da viúva (22,21-23). Não obriga que O tenham por Deus, mas, se O adotam, então que seja para valer; não aceita outros deuses a Seu lado (20,3-5). Ele será o Deus do povo; que o povo tenha unicamente a Ele como Deus! Por amor, Ele Se faz nosso, para nós. Que nossa resposta, nossa adoração, seja igualmente de amor a Seu amor, seja sincera, fiel!
Em Seu amor, Ele privilegia o pobre: “Se emprestares dinheiro a meu povo, ao pobre que está em teu meio, não o tratarás como credor, não exigirás dele juros” (22,24): no seio de Seu povo, Ele tem o Seu povo especial, o pobre!
É o Deus-presença, sempre ao lado do povo: “Javé ia à frente deles, de dia numa coluna de nuvem para guiá-los pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para iluminá-los a fim de que pudessem caminhar de dia e de noite” (13,21). “Javé é teu guarda; Javé é tua sombra e está à tua direita.” “Javé te protegerá em tuas idas e vindas, desde agora e para sempre” (Sl 121,5.8).
O Deus companheiro, em Sua experiência encarnada, um dia nos levará à definitiva Terra prometida, o seio do Pai: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém chega ao Pai senão por mim” (Jo 14,6)!
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