Procissão encerra Novena da Padroeira e revive a pesca milagrosa

Leia MaisÚltimo dia da Novena da tarde traz reflexão sobre o ardor missionário Festival da Padroeira: cantar com fé para quem tem féPor que adoramos Jesus em todos os dias na Novena da Padroeira?Desde 1994, há 28 anos, acontece a Procissão Memória. Ela sempre ocorre no dia 11 de outubro, último dia do novenário, após a Novena Solene.

A Procissão parte do Santuário Nacional, com a animação do Irmão Viveiros e o Padre Mauro Vilela, e se encerra no Porto Itaguaçu, onde a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada pelos pescadores, no ano de 1717.

Às 20h30 desta terça-feira, diversas pessoas se reuniram em frente à Nave Leste, com diferentes propósitos e de diferentes lugares, mas conectados pela mesma fé, com suas velas acendidas, formando um grande mar de devoção à Mãe Aparecida.

Thiago Leon

Cada vela emanava um desejo, uma prece ou um agradecimento diferente e quem as segurava, com toda a fé transbordando em meio ao povo, pôde reviver a história de encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, uma forma de relembrar esse momento tão importante.

“A Procissão Memória é o movimento mais bonito de expressão popular da fé, justamente porque recorda a origem da devoção a Nossa Senhora Aparecida. É uma caminhada que é feita logo após a Novena da noite, até o local onde foi encontrada Nossa Senhora Aparecida. Durante este momento os devotos da Mãe Aparecida recordam também as origens de quando eles mesmos começaram a amar Nossa Senhora, por meio dos pais, dos avós” - Pe. Diego Antônio, Prefeito de Igreja do Santuário Nacional.

Thiago Leon

Tradição que passa de geração para geração

Andreza Aparecida é de Petrópolis-RJ e desde a sua infância vem ao Santuário Nacional todos os anos. Pela segunda vez na Procissão Memória, ela divide que a experiência, além de linda, a permitiu conhecer mais sobre a história de Nossa Senhora Aparecida e também lugares que nunca havia visitado.

“O andar é um sacrifício, é longe, não é um lugar perto, mas a gente tanto escuta a história (quanto) conhece. Igual, antes de a gente vir na Procissão nessa primeira vez, a gente nunca tinha ido lá no rio, então eu venho aqui desde criança e nem conhecia (...) a gente sabia que existia, mas nunca tinha ido. Depois dessa procissão a gente passou a conhecer, voltamos naquela Igrejinha, escutou a história mais profunda”, conta Andreza sobre sua experiência.

A fluminense não veio sozinha. Acompanhada de seu marido, Thiago Carvalho, e de seu filho que ainda está na barriga, eles partilham a devoção à Nossa Senhora.

Thiago tem a Padroeira do Brasil tatuada no antebraço direito como forma de demonstrar o seu amor e conta que sempre que podem, vêm visitar a Casa da Mãe, pois se sentem bem em Seu lar.

“A minha devoção é muito forte a Nossa Senhora por tudo o que eu passo, que eu sofro de síndrome do pânico, de depressão. Eu sou muito confiante a Ela, Ela me ajuda muito, tudo o que eu peço Ela sempre me dá uma solução”, partilha Thiago.

Isabela Araújo/ Portal A12

Casal Andreza Aparecida e Thiago Carvalho preparados para o início da Procissão Memória

João Vitor Renno, de 22 anos, veio junto de seus amigos para a Procissão. Morador de Aparecida, cresceu na Igreja e sempre veio acompanhar a Novena com seu pai, desde pequeno.

“Desde criança eu sempre fui movido a fé, para mim é muito gratificante estar aqui hoje, essa esperança, esse amor que move a todos a vir todo ano aqui em Aparecida me emociona muito. (...) É sempre bonito de ver, eu fico emocionado todo ano”, conta João, que participa da Procissão desde o início de sua juventude e se sente grato por acompanhá-la, pois mora no Porto Itaguaçu, destino final da Procissão.

Isabela Araújo/ Portal A12

João Vitor e seus amigos durante a Procissão Memória