Carlos Eduardo e Edson Vicente

Sob o manto da Mãe - Carlos Eduardo e Edson Vicente

"Eu acordei com Nossa Senhora Aparecida na mão."

Carlos Eduardo

“Nós somos muito devotos e eu já recebi uma graça muito grande na minha vida. Aliás, duas. Em uma, eu pedi pelos filhos do meu amigo. A esposa perdeu o filho e, depois de seis meses, engravidou de gêmeos. Eles nasceram, o Pedro e o Enzo. E, em 2007, sofri um acidente muito feio, que teve 22 vítimas. Fiquei preso nas ferragens por quatro horas. Meu filho tinha quatro anos de idade e eu achei que tinha perdido todos eles embaixo do caminhão. Mas não, eles estavam atrás de mim e eu acordei com a Nossa Senhora Aparecida na mão. Eu vim aqui hoje por isso. Hoje meu filho tem 15 anos e essa foi a maior graça que eu recebi na minha vida. Ver minha família do meu lado, me apoiando em tudo. Eu vim agradecer aqui por essa bênção. Vim junto com o meu tio, que é essa pessoa maravilhosa. E estar aqui nesse solo sagrado não tem preço. Já vim outras vezes, mas o meu objetivo era vir de bicicleta, aí pelo convite deles, nós conseguimos essa graça, sair de Marília (SP) e chegar aqui. E isso para mim não tem preço.”

Sob o manto da Mãe - Carlos Eduardo e Edson Vicente
Sob o manto da Mãe - Carlos Eduardo e Edson Vicente

"Nossa fé nos motiva a vir aqui pedalando."

Edson Vicente

“Depois que a gente chega aqui alivia, né, mas sabendo da história dele, e sabendo de tudo o que a gente passou, cada um tem o seu motivo, o seu propósito, assim, a sensação de estar aqui é enorme. Eu também já chorei bastante, o que nos move é a fé. Porque nós saímos de lá no domingo e não imaginávamos o quanto de subida a gente ia encontrar, mas cada subida daquela a gente se lembrava da nossa família, dos nossos filhos.

O motivo que me trouxe aqui: minha esposa teve a primeira gravidez, uma gestação bem complicada, segundo os médicos ela não poderia ficar grávida. Mas quando a gente se casou, teve uma senhora que veio aqui em Aparecida e ela teve uma visão de que teríamos um casal de filhos. E na segunda gravidez, no terceiro mês, o médico disse que eu não poderia falar para minha esposa e nem para ninguém: ele garantiria a vida do meu filho, mas não a da minha esposa. Foi difícil aguentar isso durante sete meses. Mas no sétimo mês, em três dias, ela engordou oito quilos de líquido, a pressão dela estava 26 e o médico disse que precisava retirar a criança. Minha esposa não me reconheceu por um bom tempo, então, o meu propósito mais forte em ter vindo aqui de bicicleta é não apenas uma promessa, mas um louvor e agradecimento a Deus por esse motivo e por outros que Deus já tem me salvado. Eu com 13 anos de idade comi soda e os médicos disseram que eu não sobreviveria e, graças a Deus estou aqui.

Há mais ou menos 90 dias, eu estava internado, tive uma mielite, do meu peito para baixo eu não movimentava mais nada, não mexia mais nada, e os médicos me garantiram que eram seis meses para voltar a andar, com 30 dias eu comecei a andar. Eles foram me visitar no hospital e eu não mexia nada, só a cabeça e os braços. Eu não sabia se voltaria a andar, mas, graças a Deus eu estou aqui para testemunhar que Deus está vivo, que Deus existe, através da intercessão de Nossa Senhora nós recebemos a graça. Nós saímos de Marília domingo, 7h da manhã, e pedalamos todos os dias, mais ou menos de 100 a 120 quilômetros por dia, e graças a Deus chegamos aqui. É uma sensação muito grande, eu acredito que a nossa presença aqui hoje dá vitória para muitos. A nossa cidade em peso hoje nos ligando o tempo todo, nós quase não conseguimos pedalar direito, e íamos respondendo: ‘Estamos chegando’. Esses últimos 20 quilômetros pareciam 280. O vento contra nós, essas bicicletas pesavam mais do que um carro, mas nós sabíamos que tínhamos uma Mãe nos esperando. E a nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, estava nos dando forças e nos iluminando para chegar até aqui.

Nós sabemos quantos querem chegar aqui e não conseguem, quantos no caminho desistem, mas graças a Deus nós chegamos. Recebemos esse convite de vocês, muito mais maravilhoso ainda e não temos palavras para explicar o quanto é maravilhoso, o quanto é gratificante, porque não tem dinheiro que pague a nossa vida, a nossa família e, principalmente, estar aqui com vocês e poder testemunhar essa graça que nós temos, porque como eu disse, pela medicina, talvez, eu estaria numa cama hoje, mas tem três meses que saí do hospital e, na verdade, eu não quis falar para o médico que eu viria, com medo dele me proibir, mas eu sabia que Nossa Senhora iria me dar força. E o Roberto sempre, né, me apoiando, me ajudando, dizendo que iria conseguir. Então, é só dizer que Nossa Senhora, realmente, está viva, ela intercede em nosso favor. Que Ela abençoe vocês e todos aqueles que nos ajudaram no meio do caminho, colaboraram conosco, gestos simples que, muitas vezes, naquelas subidas, um motorista passava nos dava uma buzinadinha, mostrava sinal de força, e aquilo nos animava para subir; e a cada subida nós dizíamos: ‘Vencemos mais uma’, é uma batalha vencida. E aqui graças a Deus, hoje, depois de seis dias, nós estamos para celebrar essa vitória com vocês. Nossa fé nos motiva a vir aqui pedalando.”

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Redação, em TV Aparecida

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.