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Carlos Lwanga era membro do clã Ngabi e se converteu a fé católica através do testemunho dos Missionários da África, mais conhecidos como “Padres Brancos”. Em 1885 foi convocado para ser prefeito da Sala Real, durante o reinado de Mwanga II, que empreendeu uma sangrenta perseguição contra os cristãos, vistos como uma ameaça para o reino.
O rei Mwanga tinha um verdadeiro harém masculino, formado por seus pajens, dos quais Carlos Lwanga era o chefe, que deviam satisfazer todos os seus desejos. O rei não aceitava a desobediência de seus súditos, por isso, deu um ultimato a todos os cristãos: ou renegavam a fé, se submetendo a seus caprichos sexuais, ou a morte. Carlos e os demais pajens, com idades entre os 14 e 30 anos, preferiram aceitar todas as tribulações. Alguns foram decapitados e outros queimados vivos.
Em 1886 Carlos Lwanga foi o primeiro a morrer, queimado vivo, para dar chance de que os demais escapassem da morte renegando sua fé. Mas de nada adiantou pois eles preferiram ser fiéis a Deus.
São Carlos Lwanga foi declarado o "padroeiro da juventude da África cristã" em 1934.
Colaboração: Josimeri Farias
Reflexão:
“Pegarei na tua mão. Se tivermos que morrer por Jesus, morreremos juntos, de mãos dadas": eis as últimas palavras pronunciadas por Carlos Lwanga e dirigidas ao jovem Kizito, que morreu com ele, com apenas 14 anos de idade, por ódio à fé, mostrando a coragem que devemos ter para seguir a Cristo. Em homilia durante uma viagem a Uganda, o Papa Francisco disse: “Hoje, recordamos com gratidão o sacrifício dos Mártires ugandenses, cujo testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja atingiu até os confins da terra; recordamos também os Mártires anglicanos, cuja morte por Cristo testemunha o ecumenismo do sangue... vidas assinaladas pelo poder do Espírito Santo; vidas que, ainda hoje, dão testemunho do poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo".
Oração:
Que a morte destes valorosos heróis da fé, que mereceram, por sua fidelidade a Cristo e pelo testemunho da mais perfeita castidade, as honras triunfais que reserva Deus a seus mártires, nos encha de coragem para fazermos frente aos ataques do mundo à nossa fé e à moral sexual que a Igreja, como fiel guardiã da verdade revelada e mestra das nações, com tanto empenho e paciência busca transmitir às almas. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
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