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Eulália, nascida em local próximo a Barcelona na Espanha no final do século III, foi educada cristãmente, e desde pequena, rejeitando as vaidades, gostava de se reunir com as amigas para rezar no oratório de uma propriedade rural da família.
Quis consagrar-se totalmente a Cristo, e na sua época aconteciam as ferozes perseguições do imperador Diocleciano aos cristãos. Daciano, governador na Espanha, era igualmente hostil e despótico, e aplicou os decretos imperiais na região.
Os pais de Eulália procuraram esconderijo num local distante da cidade, mas ela, pressentindo com alegria a sua plena união com Jesus através do martírio, fugiu para Barcelona e apresentou-se a Daciano, condenando-lhe a idolatria e a perseguição iníqua contra Deus e os cristãos.
Espantado com tamanha coragem, inicialmente o governador procurou adulá-la, na tentativa de convencê-la à apostasia. Sua recusa veemente o irritou: Eulália atirou longe o turíbulo com o qual pretendiam que incensasse os ídolos pagãos, declarando-se “serva de Jesus Cristo, Rei dos Reis (…). Rejeito, portanto, as vossas divindades falsas, invenções dos demônios”. Diante disso, ele a mandou torturar com ferros em brasa. Cheia de alegria, Eulália exclamou: “Agora, ó Jesus, vejo no meu corpo os traços de Vossa sagrada Paixão”. Após outros tormentos, finalmente a jogaram numa fogueira.
Santa Eulália faleceu em 304 e é padroeira de Barcelona e da Espanha.
Reflexão:
Para a mentalidade atual, talvez mesmo de muitos católicos, a firmeza dos primeiros mártires cristãos sugira um traço de loucura ou inconsequência. Mas ao contrário, eram eles totalmente consequentes com a sua – e nossa – Fé, e muitos não concebiam a ideia de permitir impunemente o avanço de ideias que, acertadamente, Santa Eulália definiu como “invenções de demônios”. Viver indiferente a Cristo e à Sua Salvação, num mundo materialista, ateu ou idólatra, isto sim é loucura. O corpo passa, e a vida futura é a única verdadeiramente importante, para a qual, em Cristo e na Igreja, devemos direcionar toda a nossa vontade, liberdade e ações. As perseguições, inclusive hoje, sempre vão existir; importa ao fiel permanecer corajosamente com Cristo, combatendo coerentemente as pressões mundanas, cada qual na sua vocação e âmbito de vida, mas com a mesma determinação e coragem. Antes o fogo terreno que o do inferno, era algo muito claro para os nossos primeiros, exemplares e heroicos irmãos em Cristo, e também o seu legado. Não o desperdicemos.
Oração:
Senhor Deus Todo Poderoso, Pai de amor e bondade, dai-nos por Santa Eulália o fogo ardente da Fé, capaz de superar as seduções e pressões deste mundo, para combatermos sem medo tudo o que procura sufocar a Vossa Igreja e Redenção, denunciando os erros dos projetos mundanos e confiando totalmente na Vossa proteção e Providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Ressuscitado e Glorioso, e Nossa Senhora, Protetora da Igreja. Amém.
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