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Edith Theresa Hedwing Stein, nasceu em 12 de outubro de 1891 em Breslávia na Alemanha. Pertencia a uma família judia onde sua mãe uma mulher forte e de muita fé, educou os onze filhos num clima de respeito e liberdade responsável.
No ano de 1911 Edith entrou para a Universidade de Breslávia, onde estudou alemão e história. Era uma aluna brilhante sempre buscava a verdade e procurava respostas para às questões relativas à sua crença o que acabou a levando a ser tornar ateia.
Motivada por um impulso interior pelo sentido da vida, formou-se em filosofia, tornando-se Doutora. Encontrou na Fenomenologia do filósofo Husserl, do qual foi assistente na Universidade de Freiburg, que a levou a aprofundar o tema da empatia, mas também encontrou na leitura da vida de Santa Teresa de Ávila, o sentido da vida que tanto procurava, converteu-se ao cristianismo.
Foi batizada em 1922, recebendo o nome de Teresa e mudando completamente o seu modo de viver. A partir daí, Teresa dedicava-se ao aprofundamento da doutrina cristã, ao ensinamento, ao apostolado e publicações de estudos científicos, numa intensa vida interior nutrida pela palavra de Deus e a oração.
Em 1933 decidiu então se dedicar a Deus, entrando para a Congregação das Carmelitas Descalças e adotando o nome de Teresa Benedita da Cruz, exprimindo assim, também com este nome, o ardente amor a Jesus Crucificado e especial devoção a Santa Teresa de Ávila. Manifestou regularmente o voto de pobreza, obediência e castidade e, para realizar a sua consagração, caminhou com Deus na via da santidade.
Quando na Alemanha o Nazismo intensificou a perseguição contra os judeus, os superiores da Beata enviaram-na, por precaução, para o Carmelo de Echt, na Holanda. Os Bispos holandeses protestaram energicamente com uma Carta pastoral, e Hitler, por vingança, incluiu no programa de extermínio também os judeus que se converteram a fé católica.
No dia 02 de gosto, oficiais nazistas levaram Edith e sua irmã Rosa do Carmelo. Neste dia, outros duzentos e quarenta e dois judeus católicos foram deportados para os campos de concentração em Auschwitz. Comovida pela compaixão para com os seus irmãos judeus, não hesitou em oferecer-se a Deus como vítima, para suplicar a paz e a salvação para o seu povo, para a Igreja e para o mundo
No dia 09 de agosto de 1942, Edith Stein juntamente com sua irmã e centenas de homens, mulheres e crianças foram mortas na câmara de gás e tiveram seus corpos queimados.
Os pensamentos e a fé de Edith Stein estão reunidos em suas obras, sobretudo, em "Ser finito e Ser eterno". Trata-se de uma síntese de filosofia e misticismo, da qual emerge o sentido do homem, a sua singularidade e unicidade em relação ao Criador.
Foi beatificada no dia 1 de maio de 1987, pelo Papa João Paulo II e canonizada em 11 de Outubro de 1998 pelo mesmo Papa, recebendo o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz. Foi ainda em 1999, proclamada co-padroeira da Europa.
Reflexão:
O Papa João Paulo II no dia da beatificação de Edith Stein falou: “Beata Edith Stein representa a síntese dramática das feridas do nosso século. E, ao mesmo tempo, proclama a esperança de que é a cruz de Jesus Salvador que ilumina a história”. Além disso, a vida de Edith nos mostra uma mulher que buscou no seu interior um sentido para a vida reconhecendo assim o valor da vida cristã, como uma resposta para o mundo. Edith foi reconhecida pela sua inteligência, sua determinação, sua calma, seu autocontrole, seu consolo e compaixão.
Oração:
Senhor, Deus de nossos pais, Tu conduziste a Santa Teresa Benedita à plenitude da ciência da Cruz ao momento de seu martírio. Enche-nos com o mesmo conhecimento; e, por sua intercessão, permite-nos sempre seguir em busca de ti, que és a suprema Verdade, e permanecer fiéis até a morte à aliança de amor ratificada pelo sangue de teu Filho pela salvação de todos os homens e mulheres. Te pedimos por nosso Senhor, Amém!
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