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Antero nasceu na Magna Grécia, por volta do ano 200, e pouco é conhecido a respeito da sua vida. Sabe-se que foi eleito Papa em 235, sob forte oposição de Nereu, um sacerdote de Chipre que desejava o papado; e seu pontificado, de apenas 43 dias (21 de novembro a 3 de janeiro), transcorreu na prisão, pela forte perseguição aos cristãos promovidas pelo imperador romano Maximino Trácio (235 a 238).
Apesar disso, instituiu notários para recolher e anotar os Atos dos Mártires, um registro ordenado das atas dos martírios dos cristãos – talvez o motivo da sua prisão pelo imperador –, bem como a sua conservação num local chamado scrinium. Esta iniciativa, embora tendo suas cópias queimadas por ordens imperiais (sob Dioclesiano), permitiram que os historiadores tivessem conhecimento de muitas informações da Igreja primitiva. A preservação deste preciosíssimo acervo eclesial marcou o seu pontificado.
Condenado e executado, seu martírio em Roma, bem como seu carisma pessoal e humildade, levaram à conversão de romanos e gregos pagãos, incluindo membros da guarda pessoal de Maximino. Faleceu em 3 de janeiro de 326, e seu corpo foi sepultado nas catacumbas de São Calixto. A data da sua festa é citada tanto para o dia 2 quanto para o dia 3 de janeiro, de acordo com a fonte.
Seu empenho na preservação da documentação católica o leva a ser considerado protetor dos historiógrafos e bibliotecários.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
Não é preciso, necessariamente, um longo tempo para realizar uma obra imortal. Santo Antero, principalmente pela sua fidelidade à Fé e portanto pelo seu martírio, deu o exemplo do verdadeiro seguidor de Cristo; mas também a sua iniciativa de preservar a memória da Igreja, fundamental para as futuras formações e conversões das almas para Deus, merece todo o reconhecimento dos católicos: de fato, se é verdade que a Tradição precede os escritos bíblicos, nem por isto estes deixam de ser necessários e fonte da Palavra da nossa salvação. Santo Antero registrou a santidade, no papel e cumprindo o seu papel, de pastor que dá a vida pelo rebanho e de católico fiel a Jesus – literalmente – até a morte, escrevendo assim o Verbo de vida eterna nas páginas da sua vida, que permanecem como a boa leitura que também a nós, hoje, conduz para o necessário convívio infinito com a Cabeça e o corpo Místico da Igreja.
Oração:
Deus Pai de bondade, que escreveis continuamente os caminhos da redenção dos Vossos filhos, concedei-nos que, pelo exemplo e intercessão de Santo Antero, permaneçamos sempre presos à verdadeira Fé neste curto tempo de vida temporal, para merecermos como ele, no trabalho e exemplo de compilar e difundir a Verdade para os irmãos, sermos registrados indelevelmente no Livro da Vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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