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Ângela nasceu em Foligno, Itália, em 1248, e levou uma vida comum, no sentido de que, como muitos, valorizava e buscava mais os atrativos terrenos, sem maiores preocupações com a sua vida espiritual. Casou-se jovem com um nobre e rico homem da cidade, tendo vários filhos, mas sem deixar de frequentar a vida fútil de festas e recreações sociais. Esta situação de conforto, vaidades, agitações e vazio interior foi modificada drasticamente quando, em breve espaço de tempo, faleceram o marido e os filhos.
Viúva e sozinha aos 40 anos de idade, começou a considerar seriamente sua existência, buscando resposta em Deus. Entendeu então a gravidade dos seus pecados e pediu auxílio a Nossa Senhora, que a conduziu a um sacerdote para fazer uma confissão geral. Depois peregrinou a Assis, ao túmulo de São Francisco, onde ocorreu sua conversão radical. Doou seus bens aos pobres e entrou para a Ordem Terceira Franciscana, fazendo os votos de pobreza e castidade, e desenvolvendo profunda devoção à Paixão e morte de Cristo.
Dele recebeu aparições e a graça de participar dos Seus sofrimentos na Cruz, bem como permitiu que ela sofresse contínuas tentações à castidade, contra a misericórdia de Deus e contra o valor das suas obras de penitência, por causa da vida leviana e pecaminosa de antes. Esta titânica batalha, Ângela a venceu com a oração e a Eucaristia, como ela mesma relata na sua autobiografia.
As experiências místicas e as revelações de Deus para ela foram relatadas pelo seu diretor espiritual num livro, “Experiências Espirituais, Revelações e Consolações da Bem-Aventurada Ângela de Foligno”, o qual, utilizado com proveito na formação espiritual, mereceu para Ângela o título de “Mestra dos Teólogos”.
Faleceu em 1309 e foi sepultada na igreja de São Francisco em Foligno.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
Maravilhosos são os caminhos de Deus, sempre atento à salvação das almas, o bem maior dos Seus filhos. De situações difíceis e mesmo trágicas, pode Ele transformar nossas vidas em caminhos de paz e realização verdadeiras. “Tudo contribui para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,28), como ensina São Paulo; mas também é necessário que nos disponhamos a buscá-Lo. Santa Ângela procurou em Deus a resposta para as crises que surgiram na sua vida, e foi presenteada com a elevação de uma pessoa mundana a grande mística e exemplo da Igreja. Nunca devemos desesperar diante das dificuldades ou desgraças aparentes deste mundo (a única desgraça verdadeira é o pecado que afasta de Deus), pois só o Pai sabe o que é de fato bom para cada um dos Seus filhos, e por qual caminho concreto precisamos chegar ao Paraíso: a paz da alma unida a Cristo é a única felicidade verdadeira, nesta vida e na futura.
Oração:
Pai de amor e bondade infinitas, dai-nos a graça de jamais desesperarmos diante dos desafios desta vida, e, pela intercessão e exemplo de Santa Ângela de Foligno, buscarmos e confiarmos sem cessar na Vossa Providência, que nunca nos desampara e sempre nos leva a vencer as provações, para chegarmos com certeza à felicidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e por Santa Maria. Amém.
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