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Santo do Dia

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Um discípulo de São Severino, Eugipo, foi também seu biógrafo, mas não soube precisar seu nascimento; pela língua e cultura, provavelmente seria de uma colônia romana do norte da África. Outras informações são mais precisas, como a ida para o Egito e a Síria, ainda jovem, em busca da vida monástica. Em 440, aproximadamente, foi para as regiões do rio Danúbio, hoje Áustria e porções da antiga Iuogoslávia. Ali havia muitas colônias romanas, em parte cristãs, mas ameaçadas pelos invasores bárbaros: hunos, ostrogodos e hérulos.

Dedicou-se especialmente à pregação da penitência e da conversão, no intuito de pacificar os bárbaros e reerguer as comunidades cristãs. Para isso estabeleceu-se próximo a Viena, numa choupana, compartilhada com outro eremita. Também cuidou caridosamente dos pobres, dos doentes e dos prisioneiros, conseguindo a libertação de muitos escravos dos bárbaros. Com isso, acabou por ser reconhecido e respeitado até mesmo pelos invasores. Conta-se que, diante de um período de fome, o povo lhe pediu ajuda, e sua orientação foi justamente a penitência e a caridade para obter a misericórdia de Deus. Ao mesmo tempo, publicamente condenou a atitude de certa viúva muito rica que estocava víveres para vendê-los a preços altos aos carentes. Ela se arrependeu e distribuiu os alimentos aos pobres.

Mudou-se para Viena a pedido da população e dos governantes, fundando então um mosteiro, o primeiro de vários outros; seus discípulos vieram a se tornar seus maiores auxiliares, na evangelização e nas obras de caridade. O rei Odoacro, dos hérulos, o visitou no mosteiro, revelando a intenção de invadir a Itália. Foi dissuadido pela conversa firme e doce de Severino, e, após a morte deste, em 8 de janeiro de 482, o mesmo rei, preocupado com a possibilidade de suas relíquias serem profanadas por novos invasores, as remeteu para um mosteiro beneditino em Nápoles, na Itália. É considerado o apóstolo da Áustria e das regiões banhadas pelo rio Danúbio.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho



Reflexão:

Penitência e caridade (como nos pede insistentemente Nossa Senhora em Suas aparições), firmeza e doçura no apostolado (como age e ensina a agir o Espírito Santo)... nada mais atual do que a experiência de vida deste santo do século V para a atualidade, e para o futuro da humanidade. Os frutos de conversão que assim se obtêm fazem com que a barbárie dos nossos próprios corações, e a de outros, sejam transformadas no zelo não apenas com a vida dos irmãos, mas também com a memória das relíquias, materiais e espirituais, que a Igreja nos dá nos ensinamentos de Deus e especialmente no sacrifício Eucarístico, cuja “memória” é tornar efetivamente presente o sacrifício do Calvário em cada Missa. A preparação destas virtudes, também nos ensina São Severino: oração e recolhimento, mesmo que não necessariamente num mosteiro.

Oração:

Senhor, pelo exemplo e intercessão de São Severino, concedei-nos a graça de jamais guardar avaramente os dons que nos destes para a nossa salvação, mas que sinceramente arrependidos dos nossos pecados, sejamos sempre capazes de distribuir com os irmãos, principalmente os mais necessitados, o pão material e espiritual que diariamente nos dais em Vossa bondade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Pão da Vida, e Nossa Senhora, através da Qual O recebemos. Amém.

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