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Marta era irmã de Maria e Lázaro, um amigo que Jesus iria ressuscitar, morando os três juntos em Betânia, a cerca de três quilômetros de Jerusalém. A família foi abençoada com uma proximidade preferencial do Senhor, que a procurava para convivência e descanso.
Duas são as passagens que destacam a figura de Marta no Novo Testamento. Na primeira, ela recebe uma bondosa mas importante repreensão de Jesus, pois ao recebê-Lo em casa preocupou-se mais com as providências materiais relativas à Sua chegada do que com a atenção direta à Sua pessoa (Lc 10,38-42).
Na segunda, relativa à doença, morte e ressurreição de Lázaro, ela demonstra a intimidade que sua amizade permitia com o Senhor, expondo-Lhe seu sofrimento, expectativa, confiança, mas sobretudo sua profissão de Fé na divindade de Cristo (Jo 11,1-44).
Santa Marta é padroeira do lar, das donas de casa, dos anfitriões, hoteleiros, nutricionistas e cozinheiros.
Reflexão:
Belíssima é a amizade de Jesus com Marta, Maria e Lázaro. A proximidade dos três com o Senhor nos daria mesmo uma “santa inveja”, não fosse a realidade de que, pela Eucaristia, temos com Ele essa mesma graça. Exatamente por isso devemos estar bem à vontade para expressarmos claramente a Ele os nossos sentimentos, as nossas dúvidas, as nossas fraquezas, e alegrias, e expectativas, sonhos, ideias… a oração verdadeira nada mais é do que este diálogo direto, em que ouvimos e somos ouvidos, com Aquele que nos procura, nos vem visitar justamente para esta conversa individual e exclusiva. A falta de confiança num melhor amigo é algo triste, grave e contraditório. Se Cristo mesmo nos procura para estarmos juntos em profunda união, é no mínimo uma grosseria com o nosso melhor Amigo ocultar ou dissimular Dele o que realmente somos, tentando nos esconder sob aparências artificiais. Em relação a Deus, além disso ser impossível, é uma fraqueza que facilmente se torna pecado. Santa Marta nos ensina que, se crermos e formos sinceros com Jesus, também presenciaremos a ressurreição, Dele, nossa e dos nossos irmãos... As atenções práticas e materiais de Marta para com Jesus eram certamente importantes e necessárias, e o Senhor não as condenou ou desprezou. Porém deixou claro que as coisas materiais, que passam, não podem ter prioridade sobre as espirituais, sobre o Espírito Santo, trazido Nele e por Ele. Há hierarquia de valores, é preciso amar a Deus sobre todas as coisas, como ensina o Primeiro Mandamento, e Jesus é Deus Encarnado. Primeiro Deus, depois, encarnado. Por isso a compreensão de que a vida contemplativa, representada por Maria, é mais importante do que a vida ativa, figura por Marta, como explicita o próprio Jesus: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada” Lc 10,41-42). Ele a advertiu, com carinho mas em verdade, por que a amava. Também ama a nós.
Oração:
Senhor, que nos fizestes à Vossa imagem e semelhança, assim desejando desde sempre que participemos do âmago da Vossa vida Trinitária, concedei-nos por intercessão de Santa Marta não descuidar das obras materiais, mas submetê-las à primazia das espirituais, alcançando assim tamanha intimidade com Jesus que nosso coração seja a casa onde Ele venha conviver e descansar, nos proporcionando o descanso e a vivência infinita com Ele. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
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