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Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus nasceu na província de Trento, na Itália, em 16 de dezembro de 1865, mas com apenas dez anos foi para o Brasil onde morou durante toda a vida e fundou a congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. É considerada a primeira santa brasileira e reconhecida como padroeira da imigração italiana em Nova Trento (SC).
Amábile Lúcia Visintainer, seu nome de batismo, foi a segunda filha de Napoleão e Ana, de quem aprendeu a viver uma vida de fé e devoção.
Em 1875 emigrou para a cidade de Nova Trento, em Santa Catarina, no sul do Brasil. Dois anos depois, a sua mãe morreu e ela ajudou a cuidar da família até o pai se casar de novo.
Aos doze anos, ela recebeu a Primeira Comunhão junto com Virgínia Rosa Nicoldi que era a sua melhor amiga. Elas tinham muito amor por Jesus, rezavam juntas e participavam com muito fervor da vida pastoral e social da paróquia de Nova Trento.
Durante toda a adolescência as duas davam catequese para crianças, cuidavam dos doentes, idosos, se dedicavam com alegria e fervor a todo o tipo de trabalho na Igreja.
Em 1890, quando tinha 25 anos, Amábile e sua amiga Virgínia, acolhem uma mulher com câncer terminal chamada Angela Viviani, em um casebre doado por um barão, onde elas já costumavam acolher pessoas doentes. Este gesto marcou o início da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuja data de fundação é 12 de julho de 1890. Nesta época, Teresa Anna Maule, uma entusiasta dos ideiais cristãos, se juntou a elas na congregação.
A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição é considerada a primeira congregação religiosa fundada no Brasil. Amábile passou a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada Superiora, passando a ser chamada de Madre Paulina.
A nova congregação atraiu muitas vocações, se dedicavam à oração, às obras de caridade e tinham uma pequena indústria de seda para enfrentar as dificuldades econômicas da época.
A Madre Paulina foi convidada para fundar uma comunidade em São Paulo em 1903, mesmo ano em que foi eleita superiora vitalícia da comunidade. Deixou Nova Trento e foi para o bairro Ipiranga, para cuidar dos ex-escravos idosos e crianças órfãs, depois da abolição da escravidão que aconteceu em 13 de maio de 1888.
O arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, depôs a Madre Paulina do cargo de Superiora Geral em 1909 e a enviou para trabalhar com os doentes e idosos em Bragança Paulista. Ela foi proibida de exercer cargos na sua congregação.
Durante essa provação, ela se dedicou ainda mais à oração, ao trabalho e sofrimento, oferecidos para que a Congregação das Irmãzinhas pudesse continuar adiante e que Jesus fosse “conhecido, amado e adorado por todos e todo o mundo”.
Ela voltou a morar na Casa Mãe da Congregação em 1918, onde ficou até a morte dedicada a uma vida de oração e ajuda às irmãs doentes.
Em 1938, aos 73 anos, ela ficou doente com diabetes, teve que amputar o braço direito e ficou cega.
Madre Paulina morreu em 9 de julho de 1942, aos 76 anos. Foi beatificada pelo papa João Paulo II durante a sua visita ao Brasil em 18 de outubro de 1991 e canonizada na Praça de São Pedro em 19 de maio de 2002, quando passou a ser chamada de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Fontes consultadas para a redação do texto:
https://santuariosantapaulina.org.br/oracao-santa-paulina/
https://www.a12.com/reze-no-santuario/santo-do-dia?saint_id=167&day=9&month=7
https://www.vatican.va/news_services/liturgy/2002/documents/ns_lit_doc_20020519_paulina_po.html
Reflexão:
Santa Paulina partilhou o pão com os pobres e necessitados, visitou doentes, órfãos, abandonados, dedicou a própria vida a amar os últimos e a fazer com que Jesus fosse conhecido, amado e adorado por todas as pessoas do mundo. Que ela interceda, para que o Senhor desperte em nós essa intensa caridade, que abra os nossos corações para que possamos acolher aqueles que mais precisam e que renove o nosso ardor missionário e apostólico para anunciar o Senhor para os mais próximos, nossa família, amigos, colegas de trabalho, que não tenhamos medo nem vergonha de anunciar o nome do Senhor.
Oração:
Ó Santa Paulina, que puseste toda a confiança no Pai e em Jesus e que, inspirada por Maria, decidiste ajudar o povo sofrido, nós te confiamos a Igreja que tanto amas, nossas vidas, nossas famílias, a Vida Consagrada e todo o povo de Deus. (Pedir a graça desejada) Santa Paulina, intercede por nós, junto a Jesus, a fim de que tenhamos a coragem de lutar sempre, na conquista de um mundo mais humano, justo e fraterno. Amém. Pai-Nosso – Ave Maria – Glória V. Santa Paulina. R. Rogai por nós!
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